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Mas, antes, é importante afirmar alguns pontos: é sabido que a Terra gira em torno do Sol e não o contrário, no entanto a Astrologia considera que o centro de referência sempre será o indivíduo que nasce. Somos, todos, centro de nosso próprio universo. Deste modo, sendo o observador o centro de referência, ele verá o Sol e a Lua a girarem no céu, em torno dele (do observador). Entretanto, o Sol e a Lua não percorrem a mesma trilha celeste, percorrem trilhas aproximadas, como é possível ver na ilustração acima.

Na ilustração, é possível observar a trajetória da Lua (linha cinza) e do Sol (linha amarela) em torno do observador. Embora as órbitas não sejam idênticas, elas se encontram em alguns pontos, como indicado pelas linhas cinza e amarela. Há um ponto de cruzamento ao Norte, chamado “nodo ascendente”, “nodo norte” ou “cabeça do dragão”; já o ponto de cruzamento ao Sul é chamado de “nodo descendente”, “nodo sul” ou “cauda do dragão”. É interessante notar que esses pontos se movem lentamente em sentido retrógrado ao longo de cerca de dezoito anos.

Os "pontos nodais" são de grande importância para a Astronomia, porque permitem antever eclipses. Quando a Lua e o Sol cruzam simultaneamente o nodo norte ou sul, ocorre um eclipse. Se ambos estiverem no mesmo nodo (seja ele norte ou sul), teremos Lua Nova com um eclipse solar. Por outro lado, se estiverem em nodos opostos, ocorrerá uma Lua Cheia e um eclipse lunar. Os nodos são responsáveis por explicar por que nem todas as luas cheias ou novas resultam em eclipses, mas somente algumas. Para que o eclipse ocorra, não basta ser Lua Cheia ou Lua Nova: é necessário que o Sol e a Lua estejam precisamente nos pontos de interseção da trilha solar e lunar, ou seja, nos pontos denominados "nodos". 

Para a Astrologia de linhagem védica (hindu), os nodos têm grande relevância, isso porque, o significado está atrelado à crença na reencarnação. De acordo com estudiosos do conhecimento astrológico védico, o nodo sul representa os hábitos e condicionamentos que trazemos de outras vidas e que precisam ser superados para alcançarmos a evolução. Já o nodo norte se refere a hábitos que devemos cultivar para o nosso crescimento espiritual. Ou seja: esses nodos são fundamentais para a astrologia kármica, que está diretamente ligada à crença na reencarnação e no conceito de "karma". São pontos utilizados por astrólogos kármicos. Por essa razão, alguns astrólogos brasileiros utilizam nodos lunares enquanto outros, não, uma vez que nem todo astrólogo é reencarnacionista ou crê em reencarnação. 

Apesar de existirem algumas pesquisas que tentam aplicar o conceito de nodos lunares a uma abordagem não-reencarnatória, sugerindo que o nodo sul representa condicionamentos familiares a serem rompidos e o nodo norte representa o caminho de realização individual, tais pesquisas são ainda muito iniciais e estão longe de representarem um consenso na comunidade de astrólogos. No entanto, caso você tenha curiosidade em conhecer seus nodos lunares, o recomendável é que procure um astrólogo kármico de confiança, de preferência que trabalhe com a linha védica.

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